ANÁLISE DA COMPETÊNCIA DIGITAL DAS PESSOAS IDOSAS NO USO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ORIENTADAS AO ENFRENTAMENTO DA DESINFORMAÇÃO
Nome: MARIENE KOHLER
Data de publicação: 16/04/2025
Banca:
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Papel |
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MARGARETE FARIAS DE MORAES | Presidente |
MERI NADIA MARQUES GERLIN | Examinador Interno |
REGINA CELIA BAPTISTA BELLUZZO | Examinador Externo |
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo analisar os conhecimentos, habilidades e atitudes, inerentes à competência digital, necessários às pessoas idosas no uso Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) para reconhecerem/evitarem a desinformação. A pesquisa parte da premissa de que, embora as inovações tecnológicas tenham ampliado o acesso à informação, persistem desigualdades quanto à capacidade de utilizar essas ferramentas de maneira crítica e segura. A fundamentação teórica integra estudos sobre competência em informação, digital e midiática, evidenciando a importância de uma abordagem interdisciplinar que considere aspectos técnicos e desafios socioculturais inerentes ao uso das TIC. A revisão de literatura demonstra que a inclusão digital não se restringe ao acesso aos dispositivos, mas envolve o desenvolvimento de capacidades que favoreçam a interpretação, avaliação e seleção crítica das informações. Os obstáculos enfrentados por esse grupo estão intimamente relacionados a fatores históricos, socioeconômicos e culturais, os quais dificultam a adaptação aos ambientes digitais e ampliam a vulnerabilidade frente à desinformação. O percurso metodológico adotado combinou abordagens quantitativas e qualitativas, por meio da aplicação de questionário e da realização de grupo focal, com coleta de dados efetuada na Universidade Aberta à Pessoa Idosa (UnAPI/Ufes). A análise dos dados, fundamentada no referencial teórico do Quadro Europeu de Competência Digital para Cidadãos (DigComp 2.2), possibilitou identificar os componentes mais frágeis da competência digital entre os participantes, revelando dificuldades na utilização de dispositivos, na verificação da veracidade das informações e na avaliação crítica dos conteúdos acessados. Os resultados indicam a necessidade de intervenções educacionais específicas que promovam a atualização contínua e o aprimoramento das habilidades digitais, reduzindo os riscos decorrentes da exposição à desinformação. A proposta reforça a
importância de estratégias de intervenção que considerem as particularidades da população idosa, contribuindo para a sua inclusão e participação ativa no ambiente digital. Os resultados fornecem subsídios para futuras investigações e para a
implementação de políticas públicas e programas educacionais voltados à inclusão digital, integrando dimensões técnicas, cognitivas e sociais.